O projeto altera a Lei do Estágio para incluir o intercâmbio no exterior entre as atividades que podem ser consideradas como estágio por estudantes do ensino superior. Hoje, integram essa lista atividades como: extensão, monitoria e iniciação científica, desde que haja previsão no projeto pedagógico do curso. A ideia é incentivar que cada vez mais alunos busquem o aprendizado e a profissionalização em outros países. Para a relatora, Professora Dorinha Seabra, do União do Tocantins, além de aprimorar a fluência em idiomas estrangeiros, o estudante que mora fora do país pode aumentar a sua chance de empregabilidade, se beneficiando da experiência internacional:
(sen. Dorinha Seabra) “O fluxo de estudantes tanto brasileiros no exterior quanto migrantes no Brasil poderá propiciar importante troca de experiências e colocar os eventuais participantes diante de diferentes culturas e formas de pensamento. O estágio fora do país revela-se, dessa forma, positivo para o enriquecimento curricular dos beneficiados. Além disso, o pariticpante poderá aprimorar seus conhecimentos na língua estrangeira, já que faráusod ela diariamente.”
O projeto segue para análise da Comissão de Educação. A Comissão de Relações Exteriores também aprovou uma proposta da senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, que cria o Grupo Parlamentar Brasil-Equador para estreitar as relações entre os dois países. Em sua justificativa, Thronicke cita que o Equador tem uma das maiores diversidade biológicas do mundo, e dispõe de recursos minerais abundantes, com destaque para ouro, prata, chumbo e zinco. Apesar de não fazer fronteira com o Brasil, o relator, senador Chico Rodrigues, do PSB de Roraima, reforçou que ambos mantêm um sólido e tradicional relacionamento:
(sen. Chico Rodrigues) “Em função dos incêndios na Amazônia, o Governo equatoriano ofereceu em 2019 ao Brasil o envio de três brigadas, cada uma integrada por dez especialistas em combate a incêndios florestais, as quais foram empregadas na Amazônia Legal no âmbito da Operação Verde Brasil.”
Brasil e Equador também possuem um programa de cooperação técnica, com projetos para gestão de recursos hídricos e apoio à implantação do Banco de Leite Humano em hospital equatoriano. O comércio exterior também é significativo. Em 2020, o Brasil exportou para o Equador cerca de 600 milhões de dólares. Entre os principais produtos estão lâminas de ferro ou aço; fios de cobre; plásticos e ônibus. Já as importações são principalmente de chumbo refinado; conservas de peixes e chocolates. Agora, o projeto será analisado pela Comissão Diretora do Senado.
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