Para garantir estímulo a práticas sustentáveis no Carnaval de Salvador, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis) vai promover iniciativas para a produção de atividades socioambientais com impacto positivo por parte de foliões, patrocinadores, órgãos públicos, empresários e artistas. As ações do Carnaval Sustentável da Secis são inspiradas pelos critérios do Sistema B em parceria com o HUB de inovação STARTEI.
A titular da pasta, Marcelle Moraes destaca que o conjunto de ações durante os dias de festa prioriza o bem-estar das pessoas, da cidade e do meio ambiente. “Colocaremos em prática uma série de estratégias que ocorrerão antes, durante e depois do Carnaval para fomentar a maior festa sustentável da história da cidade. Para que isso de fato ocorra, estamos ampliando a articulação com vários parceiros, com vistas à transformação da maior festa do planeta num evento de sucesso que adota e promove iniciativas e projetos que incentivem o respeito às pessoas, o convívio harmônico com a natureza e o crescimento econômico dos investidores”.
Carnaval Sustentável – O programa Carnaval Sustentável visa transformar uma festa complexa em um espaço menos agressivo ao ambiente. Entre os objetivos para 2024 estão a garantia de 100% de adesão dos blocos, trios e camarotes às práticas sustentáveis que vão desde a simples implantação da coleta seletiva de materiais recicláveis (com a integração de cooperativas) até a captação da água da chuva.
Exposição e fórum – A exposição “Salvador, Carnaval Sustentável e Resiliente” acontecerá após a folia com captações de ações sustentáveis dos mais variados setores que acontecem antes, durante ou após a folia. A mostra composta por painéis e ações interativas vai ficar por duas semanas no mês de março no Shopping Bela Vista.
O objetivo será dar visibilidade a ações promovidas pela Prefeitura de Salvador, embaixadores da campanha ‘Eu Promovo o Carnaval Sustentável’, iniciativas de patrocinadores do carnaval, blocos e trios, empresas atuantes no carnaval de diversos setores, organizações do poder público estadual e federal, sociedade civil e grupos autônomos formadores de opinião.
No mesmo local da exposição será realizado o Fórum Carnaval De Salvador 2025: Uma Demanda para Sustentabilidade e a Resiliência. A iniciativa visa promover uma discussão e elaborar possíveis transformações na festa à luz da lente climática e ambiental. A ocasião reunirá os envolvidos com a temática de sustentabilidade na folia momesca, bem como haverá premiação de envolvidos com a temática da festa em 2024, onde a pasta vai monitorar 30 iniciativas sustentáveis do período.
Parque Marinho – Para proteger o ecossistema e preservar os naufrágios históricos localizados no Parque Marinho da Barra (região entre o Farol da Barra e o Forte Santa Maria), uma parceria entre a Secis e a Marinha resultará em fiscalizações durante todos os dias do Carnaval. A ação visa garantir a restrição do acesso de embarcações motorizadas não autorizadas na área da Unidade de Conservação de Proteção Integral.
Com uma área de mais de 300 mil m², o Parque Marinho da Barra, primeiro e único da capital baiana, é uma unidade de conservação ambiental entre o Farol e o Porto como forma de resguardar o ecossistema marinho e o conjunto de patrimônios culturais da localidade.
Animais – A campanha “Dê seus ‘pulos’ mas não abandone o seu animal para curtir o carnaval” consistirá na abordagem presencial para informação e conscientização do não abandono dos animais, com o objetivo de informar à sociedade sobre os agravos que podem acometer o pet com o abandono. A ação vai alertar os foliões para o fato de que o abandono de animais é crime e a importância da conscientização sobre a situação do pet enquanto curtem as festas. É essencial lembrar que não é indicado levar os animais para o circuito.
Cooperativas – A Secis vai monitorar possíveis irregularidades com os materiais recolhidos por catadores durante a folia. Nos dias oficiais da festa, fiscais da pasta realizarão acompanhamento técnico e orientações para o cumprimento das diretrizes para o pleno funcionamento e intensificação dos resultados nas cooperativas. A ação pretende coibir práticas como a compra de materiais por catadores menores de idade e trabalhadores sob efeito de álcool, drogas ou maus-tratos.
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