Nada melhor do que curtir um dia de sol na praia durante o verão 🏖! Porém, é preciso ter cuidado com alimentos e bebidas consumidos à beira-mar: até aquele desejado camarão ou uma refrescante raspadinha podem ser um perigo, em caso de falta de higiene. Conversamos com profissionais que listaram os itens mais sensíveis e como se precaver para evitar contaminações na areia. Confira!
Bebidas em lata
As latinhas de suco, refrigerante ou cerveja podem transmitir a leptospirose através da bactéria Leptospira interrogans, que consegue sobreviver em ótimas condições por seis meses fora de seu hospedeiro, o rato. Quando o roedor urina sobre as latas, o que pode acontecer se não houver práticas adequadas de estocagem, a bactéria fica na superfície.
As primeiras manifestações da leptospirose são febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia são frequentes, podendo levar à desidratação.
Camarão
O camarão, como todo pescado ou frutos do mar, degrada com facilidade e precisa de cuidados desde a pesca, passando por transporte, manipulação, temperatura de conservação, até as formas de distribuição e preparo para os consumidores.
De acordo com o Dr. Bactéria, o camarão é rico no aminoácido histidina que, ao ser deteriorado por bactérias, como refrigeração inadequada ou envelhecimento, pode dar origem à histamina, substância que leva a processos semelhantes à alergia.
Entre os sintomas desse quadro estão sudorese, aumento do calor e manchas avermelhadas no corpo (sobretudo costas e rosto), podendo levar até a problemas mais sérios como edema de glote. O tratamento é geralmente feito com a aplicação de antialérgicos.
Raspadinha
Refrescante, a raspadinha nada mais é do que gelo moído com xarope adocicado, algumas vezes com adição de leite condensado e confeitos doces. Os especialistas alertam que é obrigatório que o gelo direcionado para consumo humano seja produzido com água potável, como os comercializados em pacotes fechados na forma de cubos.O gelo vendido em barra é geralmente direcionado para refrigeração e, muitas vezes, não é o produzido com água potável.
Queijo coalho
Os órgãos fiscalizadores, tais como Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal, alertam para que, na praia, sejam evitados todos os derivados de animais, como o queijo coalho na brasa, um petisco muito apreciado nessa ocasião.
Dicas gerais
Observe se existe o contato da mão do manipulador que empurrou o carrinho, pegou dinheiro e vários objetos com o produto que você está comprando. Também note se os manipuladores usam anéis, alianças, pulseiras e relógios – acessórios que podem atrapalhar a higienização das mãos.
Na dúvida, leve de casa
Para Daniela, é mais seguro levar seu próprio lanche à praia, pois assim você garante a origem e procedência da comida, bem como sua qualidade, e reduz o risco de contaminações e intoxicações alimentares.
Nesse caso, as melhores opções são produtos embalados e que não necessitam de refrigeração, como biscoitos e salgadinhos.
As frutas frescas e sanduíches também podem ser boas escolhas. Para isso, sempre higienize todos os alimentos e acondicione-os em embalagens fechadas – como saquinhos plásticos esterilizados ou potes com tampa –, antes de colocá-los na bolsa térmica.
Também é importante não utilizar ingredientes que se deterioram com facilidade, como presunto e maionese. Substitua por queijos que se conservam a temperatura ambiente, como o provolone, além de salame, folhosos e legumes, como alface, tomate e cenoura ralada.
Foto: Arquivo